domingo, 22 de fevereiro de 2009

Rusga? Libertem Lisboa!


Foto: Lisboa do outro lado

Cá está mais um relato sobre a noite Lisboeta, mas desta vez com intervenção policial... emocionante, não? Nem por isso...

Estava ainda no início da noite a dançar quando de repente a música pára e as luzes acendem-se... Por momentos ainda pensei nalguma falha técnica, mas não tardou em surgir uns senhores vestidos de PSP em silêncio absoluto. Alí ficámos todos expectantes sobre o que se estaria a passar, mas nenhuma informação nos foi dada e muitos prometeram não sair dali, pois já tinham pago bilhete ;)

Após assobios e grande confusão decidi inteligentemente ir-me embora, mas por pouco não fui fazer uma visitinha à esquadra por não ter em minha posse BI... Felizmente, nessa noite, levei o carro e tinha a carta de condução comigo...UFA!

Já cá fora avistei carros-patrulha e a rua vedada, tal e qual os filmes de acção! Senti-me uma verdadeira personagem do CSI quando reparei que era a única que constava num espaço vedado e o resto da malta aguardava do lado de fora das fitas. Os polícias mandavam-me circular, mas eu ainda cheguei a perguntar se podia vestir o casaco ou constipar fazia parte da cena...

Podia ser uma brincadeira de carnaval, mas era mesmo uma rusga:
Menores naquelas discotecas? Certamente não será ali. Mas no Bairro Alto na rua da Atalaia estão sempre os mesmos a tentar traficar drogas e, por mais leves que se possam chamar, são ilegais.

“é apenas para vossa segurança” respondeu um PSP sorridente à minha questão... Nem sei comm ele me respondeu, pois já tanta gente tinha perguntado e eles nem uma palavra soltaram! Querem convencer-nos de que há trabalho a mostrar, mas o resultado foi alguns bêbados, malta que não tinha identificação e pouco mais...

(Deviam era ter rebocado o carro do palhaço que resolveu estacionar a sua lata atrás do meu veículo. Felizmente estava lá um outro rapaz simpático que me ajudou a fazer a manobra milagrosa de tirar o carro)

Chamem a isto “mal necessario”, mas eu chamo-lhe um “controlo demasiado ridículo e castrador” ,” tentativa de monitorização e controlo dos cidadãos”. Afinal só havia pessoas que se queriam divertir e nada mais que isso!

Este tipo de intervenções faz-me alguma confusão, pois compromete a minha liberdade de andar na rua sem me sentir escrutinizada, sem me sentir sujeita à aleatoriedade das forças de "segurança pública" nem aos seus abusos incontestáveis. Peço desculpa a todos aqueles compreensivos que detêm a ideia de que o cidadão "obediente" não deve questionar os motivos ou métodos das forças obscuras que por toda a parte se organizam com a finalidade de fechar o cerco às nossas escolhas e liberdades.

Tentem acabar antes com a liberdade dos “ricos”, porque que eu saiba para se ter acesso a grandes quantidades de droga, armas ou whatever é preciso ter-se muito dinheiro e, aí sim, faz sentido de vez em quando haver uma rusgazita ou outra...

Vá chamem-me comunista, fascista, fundamentalista, radicalista... O que passar na lista ;)

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