sábado, 16 de outubro de 2010

O "Estado" do Nosso país

Hoje, sábado tive de ir fazer compras ao Continente e observei um casal que procurava salsichas mais baratas...

Reparei no quanto de sentiam embaraçados. Incomodou-me muito aquele olhar de vergonha e que por isso encurvava a coluna e quase escondia a cabeça debaixo do braço. Nota-se que era um casal de classe média, mas que provavelmente já estava a passar dificuldades.

Este país vai acabar com a classe média. E quando digo país digo governo e povo, povo esse que não sai às ruas, não contesta, fala muito, mas não se queixa quando deve.

Em França quase estão a haver motins porque prolongaram por 2 anos a idade de reforma, por cá roubam-nos o pouco que vamos lutando por ter, apertam o nosso cinto e continuam a comprar calças de marca.

É uma vergonha sim, mas não deste casal...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

(re) Começo de vida?

Hoje fiz o meu primeiro tratamento quiropratico...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Os melhores amigos!

Foto: Kiki

Quando começamos a perceber que o mais importante das nossas vidas pode não depender da nossa vontade e do nosso esforço sentimos uma grande agonia, sabemos que passámos a fazer parte do grupo de adultos a caminhar para séniores. Quando a saúde não ajuda. Quando pensamos muito no passado, quando pensamos muito no futuro... No fundo, quando pensamos muito!

Do que mais tenho saudades quando era miúda é de não pensar em nada. Ser boa aluna e acordar tarde ao fim-de-semana eram os verdeiros objectivos.
Mas sem dúvida que o que faz de nós velhos é apercebermo-nos que a vida é efémera, que afinal não podemos dar nada por garantido... Começa a chegar o medo de perder os que mais gostamos.

Foto: Rafa

O Rafa, cão, fechou os olhinhos há 2 semanas. Era velhote, é um facto, mas foi de repente. Ainda na noite anterior lá andava ele a pedinchar comida à mesa.
E em Fevereiro a Kiki, gatinha, foi operada a um tumor maligno. Portou-se lindamente, como sempre, mas o tumor voltou em força e já começo a prever o que aí vem.

C
om o Rafa, só tive 3 anos, os últimos dele. Apareceu na minha rua, abandonado, e não chegou a passar muito tempo até trazê-lo para casa.
Era super meigo, mas um pouco assustado: não gostava de velhotes de boina e de carros com malas no tejadilho. Era feio, mas era nosso e feliz!


A Kiki encontrei também na minha rua ainda bébé. Miou a noite inteira até que a encontrei no motor de um automóvel. Parecia preta e apenas se via uns olhos azuis intensos a brilhar na sombra, mas logo depois apercebi-me que a sua verdadeira cor era bem clarinha.


Como tinhamos outro gato, o Kiko, no primeiro dia ficou na varanda. Agarrei no meu livro de Ciências (tinha teste no dia seguinte), fui para a varanda, sentei-me no chão e abri o livro no meu colo.
Em 5 minutos, aquela amostrazinha de vida, trepou pelas minhas pernas, aninhou-se em mim e nunca mais me largou!
Vinha com "tinha" (tipo de sarna) e como tal fiz-lhe um grande tratamento diário. Esteve 2 semanas só em contacto comigo, no meu quarto (sim , apanhei "tinha" também)
Acho que foi por causa dessa experiência que ela ficou tão excessivamente meiga, tão dedicada, tão atenciosa, leal, carinhosa, amiga... Inclusivé, quando estou em baixo ou doente ela fica com uma dedicação especial.

Ela estava onde eu estava, como uma sombra! Quando regressava da aulas e abria a porta do meu quarto já sabia que ela sairia a correr da 2ª gaveta do armário, onde guardava as minhas meias, só para me receber. Tão pequenina, mas tão importante!


Foto: Willie

Há 3 anos tenho o Willie, um gatinho que estavam a oferecer na Internet. É um rebelde. Está sempre a inventar esquemas para tramar a vida à Kiki, mas é uma ternura!

Nunca vão perceber a importância que têm nas nossas vidas. O quanto feliz nos fazem e o quanto nos ensinam, e curiosamente, é sempre algo de bom.

Ensinam-nos, essencialmente, a dar sem exigir nada em troca...


Quem não tem animais nunca vai sentir nada disto, mas é sempre tempo de arranjar um amigo para a vida!


Obrigada por tudo Kiki, és a maior! Força!!! :')

domingo, 14 de março de 2010

Em êxtase com: Avatar

Após ter adiado umas 500 vezes a minha ida ao cinema por causa da porra das dores nas costas fui finalmente ver o Avatar de James Cameron! Vai buscar algumas cenas típicas de outros filmes, e o seu resumo repete-se um pouco como "New World" ou "Last Samurai", mas mesmo assim o filme é verdadeiramente belo, mais ainda que os referidos.

Os efeitos em 3D estão cada vez melhores, em Avatar já quase que não parecem bonecos. Quanto à sua vizualiação em 3D, com os óculos maravilha, achei que soube a pouco.

Todo aquele meio ambiente mágico de Pandora, criado especialmente para o filme, as suas cores e acções... É magnífico. Curioso como se vai repetindo em filmes o que seria um mundo perfeito com honestidade, a honra entre os homens e respeito pelo meio ambiente característico dos Na'vi - as ligações entre a cauda e a natureza são um mimo :)
O que e certo é que nos limitamos a gostar de ver esses valores em filmes e não os trazemos para a vida real.

As guerras pelo dinheiro e pelo poder que a certo ponto já não se sabe pelo que se luta. Adorei o pormenor quando Jake Sully consegue domar o tenebroso dragão Toruk para ter credibilidade e poder ser ouvido com o único objectivo de ajudar. Sem protagonismos e com humildade se apresenta perante o povo. Achei lindo :')

Acho que senti perfeitamente o que o Jake Sully sentiu - Sam Worthington (para quem não leu o meu post eu sabia que ele ia dar muito que falar) - ao poder correr e sentir as pernas. Idealizo viver sem as dores nas costas há demasiado tempo e fazer tudo o que eu quiser, sem dores...

De qualquer forma acho que não me vou suicidar, como parece que muitos tentaram ao ver o filme ;)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Haiti: O paraíso perdido

Muita gente conhece as Caraíbas como as ilhas paradisíacas, o destino de férias de sonho para alguns casais. Mas agora, Haiti, é um país onde milhares de pessoas sofreram com os abalos sísmicos e continuam a sofrer com as suas consequências devastadoras. Parece que já não bastava o histórico de miséria, violência e instabilidade política...

Tenho evitado ver ou ouvir as notícias, pois sou mais uma que evita sofrer com o mal alheio. Nem quero imaginar o que aquelas pessoas estão a sentir no momento em que tudo se desmorona e as suas vidas, as que ainda não se perderam, se vão igualmente desmoronando... Questionam a humanidade e falta dela, a falta de ajuda, a falta de importância que sentem ter.

Nós, cá estamos no conforto do nosso lar, preocupados com a economia, com a prestação do carro novo, com o amigo ou familiar que nos magoou e com quem deixámos de falar... Tudo isto parece tão ridículo agora, não? Será que perceberemos um dia do quão preciosa e efémera a vida é, e que pode desaparecer em milésimos de segundo, sem qualquer aviso ou justicação?

Só desejo no fundo do meu coração que aquelas pessoas tenham muita força e não percam a em todos nós...

Vou tentar ver como posso ajudar e desta vez não vai ser para me sentir melhor!
Desta vez vai ser porque sou humana e se não estamos cá, iguais, para nos ajudarmos então não percebo o que raio andamos por aí a fazer...

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ganika's Day!!!

Vem aí o texto dos 30...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Filme: Where The Wild Things Are

There's one in all of us
O pouco que conhecia da história do livro Where The Wild Things Are de Maurice Sendak foi contado por um amigo que vibra com tudo o que se relaciona com a infância.

Fui então ver o filme de Spike Jonze, em plena ante-estreia, e confesso que por momentos pensei adormecer, mas só por 5 min ;) (Em nada se pode comparar realmente com Jackass, hehehe). O miúdo tem um desempenho fantástico, não é fácil uma criança fazer papel de criança, ainda para mais quando o filme e a sua história andam só á volta da infância e seus dilemas.
Há momentos no filme, pormenores reforçados pela fotografia lindíssima, que derretem de ternura. Os “monstros selvagens”, que se têm de selvagem nada têm de monstruoso. São de empatia instantânea e de reproduzir aquele som típico de rendição: “Ohhhhhhhhhh” :)
Por falar em som, a música que vai acompanhando toda a aventura é magnífica. É o remate final para a entrega absoluta na aventura.

É sem dúvida um filme que nos leva à infãncia, que nos traz de novo a nossa fragilidade, o medo, a revolta, assim como a alegria pura, a ternura, a inocência...

Tudo resulta num filme feliz, dos que gosto de ver no cinema! :)